A proteção a golpistas acampados por mais de 60 dias em frente a quartéis-generais de todo o país e a atuação no mínimo conivente da cúpula militar diante dos atos terroristas provocou uma crise interna no Exército, que está sendo discutida no Palácio do Planalto.
Segundo o jornalista Paulo Capelli, no portal Metrópoles, aliados do Planalto pedem a Lula que exonere o general por ter dado guarida e montado uma barreira diante dos golpistas que impediu que a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desmantelasse o acampamento que abrigava terroristas em Brasília já na noite após a ação que destruiu o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.
Suposto diálogo divulgado pelo jornal The Washington Post neste domingo (15) mostra que Arruda teria dito claramente ao ministro Flávio Dino, da Justiça: "Você não vai prender ninguém aqui". O diálogo ocorreu na noite do fatídico dia 8 de janeiro.
Em depoimento, o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira, preso na última terça-feira (10), disse que militares das Forças Armadas teriam impedido por duas vezes que os arruaceiros que se refugiavam no acampamento em frente ao Quartel-General fossem presos após os ataques.
Além disso, o comando do Exército teria vetado por duas vezes a desmobilização do acampamento após os primeiros atos terroristas, ocorridos na noite do dia 12 de dezembro, após a diplomação de Lula.
Visto como um militar com muitas divergências com o novo governo, Arruda deve, por ora, ser mantido no cargo.
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por Redação 2JN - revista forum
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