A prefeitura de Juazeiro, no norte da Bahia, retirou a estátua do ex-jogador Daniel Alves de uma praça da cidade na madrugada desta segunda-feira (29). A medida foi tomada após recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Antes de ser retirada, a estátua foi alvo de diversos atos de vandalismo. [Saiba mais ao final da matéria]
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A recomendação do MP-BA foi feita em 23 de abril deste ano e teve como justificativa a legislação da cidade e do estado, que proíbem homenagens a pessoas vivas feitas com bens públicos.
Logo após a recomendação, a prefeitura informou que a estátua seria retirada, mas não havia informado a data da remoção. Nesta segunda, a estátua foi removida com o auxilio de um guincho e levada para o almoxarifado da prefeitura. De acordo com a assessoria do órgão municipal, não há previsão do que será feito com ela.
Julgamento de Daniel Alves — Foto: Alberto Estevez/Reuters
Apesar das justificativas do MP-BA serem as leis municipal e estadual, a retirada acontece em meio a condenação do ex-jogador de futebol por estupro. O crime aconteceu em Barcelona, na Espanha, e o julgamento foi finalizado em 22 de fevereiro.
Apesar de ter sido condenado pelo crime, o ex-jogador recorreu da decisão e espera a palavra final da Justiça espanhola em liberdade. Para conseguir o benefício, ele pagou uma fiança de 1 milhão de euros.
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Atos de vandalismo
Antes e depois da estátua do jorgador Daniel Alves, em Juazeiro, no norte da Bahia — Foto: Créditos Valma Silva/g1/ Redes sociais
Daniel Alves foi preso preventivamente em setembro de 2023, na Espanha. No mesmo mês, a estátua de Juazeiro foi vandalizada pela primeira vez, com um saco preto e fitas adesivas.
Em fevereiro deste ano, enquanto ocorria o julgamento do ex-jogador, a estátua foi vandalizada novamente, dessa vez com tinta branca.
Protesto é realizado na estátua em homenagem a Daniel Alves, em Juazeiro
Em março deste ano, um grupo formado por cerca de 60 manifestantes protestou no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, ao lado da estátua.
O protesto contou com cartazes que traziam frases como "Parem de nos matar", "Não a cultura do estupro" e "Daniel Alves estuprador".
por Redação 2JN
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