Ao menos quatro mulheres denunciam um motorista por aplicativo em Salvador. As vítimas relatam que, após entrarem no veículo, o homem cancelou as corridas, mostrou uma arma e anunciou o sequestro. Durante o crime, as vítimas eram obrigadas a fazer transferências em PIX. Os casos são investigados pela Polícia Civil.
"Ele esperou o carro pegar um pouco de velocidade para anunciar o sequestro. Pediu para chegar para o lado do banco, mostrou a arma, disse que era um sequestro e que eu tinha que fazer transferências para ele", relatou uma vítima à TV Bahia nesta quinta-feira (26), sem se identificar.
A mulher contou que o homem pediu para ela mostrar todos os aplicativos de agência bancária que tem no celular, além das senhas de acesso. "Todas as minhas ações foram supervisionadas", lamentou.
De acordo com a vítima, as ameaças duraram cerca de 40 minutos. Nesse período, ela fez transferências para contas de várias pessoas.
"Fiz cinco transferências, se não me engano. Durante todo o percurso ele me ameaçava de morte, quando eu ficava mais nervosa e errava o número do PIX", disse.
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A mulher não soube precisar o valor total que transferiu enquanto estava na mira da arma do motorista. No entanto, acredita que o prejuízo tenha sido de quase R$ 10 mil.
O caso foi registrado na 16ª Delegacia Territorial (DT), no bairro da Pituba. "Conversei com algumas vítimas e elas me falaram a mesma coisa. Ele disse para todas que tinha acabado de sair prisão e que precisava do dinheiro para não morrer", revelou a vítima.
"Em todos os casos, ele deixou as vítimas no mesmo local, na BR-324, no meio do nada", acrescentou.
As vítimas contaram que os casos aconteceram no mês de outubro, que já acionaram a empresa Uber, mas que o perfil do motorista, que tem uma nota boa, segue ativo na plataforma.
"Minha cabeça está extremamente perturbada e traumatizada. Vai ficar uma marca para sempre, não só financeira, mas psicológica. Estou com medo de sair na rua, de carros parecidos", desabafou.
Em nota, a Uber disse que está à disposição para auxiliar nas investigações e que a conta do motorista utilizada foi temporariamente desativada assim que a empresa tomou conhecimento da denúncia. A reportagem perguntou se o suspeito não foi banido logo após a primeira denúncia de uma vítima em janeiro deste ano, mas não obteve resposta sobre essa pergunta.
por Redação 2JN - g1ba
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