O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (20), que pacientes imunossuprimidos poderão receber a quarta dose da vacina contra a covid-19. A decisão foi divulgada na Nota Técnica Nº 65 e deve fornecer melhor proteção contra o coronavírus SARS-CoV-2 para pessoas que passam por hemodiálise, vivem com HIV ou estejam em quimioterapia para o câncer.
Para receber a quarta dose da vacina, o paciente imunocomprometido, com mais de 18 anos, precisará aguardar um intervalo mínimo de quatro meses da última dose (o reforço). Em outras palavras, a pessoa precisará ter recebido as outras "três doses no esquema primário (duas doses e uma dose adicional)".
O objetivo da medida é turbinar a resposta imunológica dessas pessoas com menor atividade do sistema imunológico por causa de doenças existentes ou de determinados medicamentos de uso contínuo.
Além disso, a medida considera "o surgimento da variante Ômicron (B.1.1.529), já diagnosticada em vários continentes, já com transmissão comunitária em São Paulo", segundo a Saúde.
Quem pode receber a quarta dose da vacina da covid?
A seguir confira a lista de indivíduos que podem receber a quarta dose da vacina contra a covid-19, segundo nota do Ministério da Saúde:
- Pessoas com imunodeficiência primária grave;
- Pessoas em quimioterapia para câncer;
- Transplantados de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), com uso de medicamentos imunossupressores;
- Pessoas vivendo com HIV/AIDS;
- Quem faz uso de determinados corticoides;
- Quem faz uso de alguns medicamentos que alteram a resposta imune;
- Portadores de doenças autoinflamatórias e de doenças intestinais inflamatórias;
- Pacientes em hemodiálise;
- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
Para a população geral — que não integra a lista de condições imunossupressoras —, o Ministério da Saúde prevê, até o momento, a aplicação da três doses da vacina contra a covid-19. No caso do reforço, é necessário aguardar o intervalo mínimo de quatro meses da segunda dose. Para a fórmula da Janssen, o intervalo entre as doses caí para dois meses.
Fonte: Ministério da Saúde