Com o golpe militar, os sindicatos e associações foram fechados, e ele foi preso por ser diretor sindical e líder de movimento trabalhista. Osmar Ferreira passou 12 dias sob tortura e foi demitido do serviço pela "acusação" de ser comunista.
Desempregado, ele ainda foi impedido de estudar Direito por 10 anos, pelo então Sistema de Segurança Nacional. A alternativa que ele encontrou para continuar trabalhando foi atuar como caminhoneiro, junto com o pai.
"Me inscrevia para os vestibulares de direito, que era o meu sonho ser advogado, e as minhas inscrições não eram deferidas pelas universidades. As torturas psicológicas continuaram sobre minha família. O sofrimento foi muito grande", disse.
Apesar dos obstáculos, Osmar conseguiu entrar para a faculdade em 1974, se tornou advogado e atuou na área por 40 anos.
Osmar Ferreira — Foto: Reprodução TV Subaé
Em 2011, a criação da lei que instituiu a Comissão Nacional da Verdade – órgão que investiga as violações de direitos humanos cometidas entre setembro de 1946 e outubro de 1988 – deu um novo horizonte para Osmar.
O conhecimento adquirido na advocacia fez com que ele entrasse com um processo contra o banco (agora Bradesco) na Justiça e pedisse reparação e indenização por danos morais.
Readmitido nesta segunda-feira, Osmar trabalhará seis horas por dia como escriturário.
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por Redação 2JN - g1ba
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