A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, desembarcou em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, nesta segunda-feira (19). Acompanhada de uma comitiva, a ministra está no estado para participar do Marco de Resistência do Povo Pataxó e para visitar áreas de conflito na região.
Fazem parte da comitiva: a secretária de Gestão Ambiental e Territorial Indígena, Ceiça Pitaguary; o diretor de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas, Marcos Kaingang; e a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana.
Ao desembarcar no aeroporto de Porto Seguro nesta segunda, a ministra foi recebida por indígenas, caciques e pelo coordenador regional da Funai, com cantos e louvores típicos do povo Pataxó.
Segundo o ministério, Sonia Guajajara ficará na Bahia até terça-feira (20) e a previsão é que, ao final da viagem, ela tenha visitado aldeias do território indígena de Barra Velha e de Cumuruxatibá. Os locais registram episódios de violência devido a questão fundiária.
Gabinete de crise
Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, no extremo sul da Bahia — Foto: Reprodução Rede Globo
Em 18 de janeiro deste ano, um gabinete de crise foi instaurado para acompanhar a situação de conflitos por terras na região do extremo sul da Bahia. A medida ocorreu após dois indígenas da etnia Pataxó serem mortos a tiros na BR-101, no trecho da cidade de Itabela.
Ao menos seis indígenas foram mortos no sul e extremo sul da Bahia nos últimos oito meses
As vítimas tinham 17 e 25 anos e foram atingidas quando se deslocavam do Povoado de Montinho para uma das fazendas ocupadas pelo grupo indígena.
O gabinete contou com representantes do Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), Ministério da Justiça e Segurança Pública, Governo da Bahia, Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).
Inicialmente, o gabinete deveria durar 60 dias, mas foi prorrogado por mais 45 dias. O prazo foi encerrado em maio e a visita da ministra visa avaliar, junto às comunidades indígenas locais, a situação atual da região.
por Redação 2JN - g1ba
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